Manifestação em SP defende fornecimento público de
remédios
Organizadores do ato
pedem agilidade no julgamento do STF sobre o caso
POR O GLOBO
16/10/2016 13:16 / atualizado 16/10/2016 14:09
Os organizadores frisam que estão nas
mãos do Supremo Tribunal Federal dois recursos extraordinários para decidir se
o poder público deve arcar com medicamentos de alto custo que não estão
incluídos no Sistema Único de Saúde (SUS) e, também, determinar se é obrigação
do Estado financiar remédios não autorizados pela Anvisa. No último dia 28 de
setembro, o ministro Teori Zavascki pediu mais tempo para estudar a ação,
adiando o julgamento.SÃO PAULO — Cerca de 30 pessoas realizam ato neste domingo
na Avenida Paulista para pleitear o fornecimento público de medicamento para
pessoas com doenças graves. O movimento organizador da manifestação, chamado
‘STF, Minha Vida Não Tem Preço’, também realiza protestos em outras cidades
como Rio, Maceió, Porto Alegre e Recife.
De
acordo com os manifestantes, o adiamento do julgamento “preocupa pacientes que
não podem interromper seu tratamento”. Este é o caso da presidente da
Associação Brasileira de Angioedema Hereditário (ABRANGHE), Renata Martins, de
36 anos, que depende de um remédio que custa R$ 7 mil a dose para manter-se
viva.
—
Depois de toda luta para conseguir um diagnóstico, tenho que enfrentar mais uma
luta, o tratamento. Meu medicamento para crise está registrado na Anvisa, porém
não faz parte da lista do SUS. E, por isso, até hoje, com a ajuda de muitas
pessoas e associações, consigo receber o medicamento através de ação judicial
pois é o medicamento de altíssimo custo — disse Renata, acrescentando que só
consegue trabalhar e estudar se tiver o medicamento. — Sem ele, posso morrer em
5 minutos se não der tempo de chegar ao hospital — explicou.
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